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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Operação Naufrágio: presidente do TJ e dois desembargadores entre os presos

09/12/2008 - 12h05 (Redação Gazeta Rádios e Internet)

A Polícia Federal cumpre 24 mandados de busca e apreensão e sete de prisão temporária e ocupa o prédio do Tribunal de Justiça do Espírito Santo desde o início da manhã desta terça-feira (09). As ordens foram emitidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com o órgão, desembargadores, juiz, advogados e servidora pública, dentre outros, são investigados por crimes contra a administração pública e administração da Justiça, "perpetrados de modo reiterado e organizado".

Segundo a Agência Estado, o presidente do TJ, desembargador Frederico Guilherme Pimentel e outros dois desembargadores estão entre os presos. Os desembargadores seriam Elpídio José Duque e Josenider Varejão Tavares. De acordo com informações locais também estão presos o juiz Frederico Pimentel Filho, a diretora do TJ, Bárbara Sarcineli, o advogado Paulo José Duque - filho de Elpídio José Duque - e um procurador de pré-nome Eliezer.

Ainda segundo a Agência Estado, entre os locais visitados pela PF está a residência do desembargador Elpídio José Duque, no bairro de Santa Cecília, em Vitória, onde a quantidade de dinheiro encontrada foi tamanha que os policiais federais precisaram requisitar ao Banco do Brasil uma máquina para a contagem das cédulas.

Em nota enviada pelo STJ a instância diz que "surgiram, ainda, evidências de nepotismo no Tribunal de Justiça capixaba" durante as investigações de um processo que tramita em segredo de justiça desde abril deste ano e é relatado pela ministra Laurita Vaz. Os investigados presos receberam cópia da decisão e estão sendo transportados para Brasília, à disposição do Superior Tribunal de Justiça.

Operação

A operação da PF, batizada de Naufrágio, é continuação da Operação Titanic, ocorrida no dia 7 de abril deste ano, também em Vitória, mas que envolveu Ivo Júnior Cassol, filho do governador de Rondônia, Ivo Cassol, e o ex-senador Mário Calixto Filho, que chegou a ser preso, foi solto por liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mas teve novamente a prisão decretada quando os demais ministros do STF cassaram o habeas-corpus de Mendes. Hoje ele é considerado foragido.

Assim que as portas do Tribunal de Justiça, na Enseada do Suá, em Vitória, foram abertas, às 7h, estudantes de Direito, que utilizam a biblioteca, e funcionários, que chegavam para trabalhar, foram informados no balcão de atendimento que não poderiam ter acesso aos locais desejados e postos de trabalho.

Alguns minutos depois todos foram retirados do interior do Tribunal. As portas da garagem e principal do TJ foram fechadas. A imprensa também não tem acesso ao local.

Depois de 40 minutos da chegada dos agentes, três policiais deixaram o Tribunal em um carro descaracterizado, também sem falar com jornalistas, que continuam impedidos de entrar. Os funcionários tiveram acesso aos locais de trabalho por volta de 7h45. Por volta das 9h outros quatro policiais deixaram o prédio com bolsas de laptop.

Um comentário:

Anônimo disse...

Será que vão devolver o dinheiro da Prefeitura de Pedro Canário,que saiu para pagar liminar do atual prefeito,desse dinheiro pego na casa do desembargador?. Parabens pelo aperação titanic e naufragio.
Pedro Canário espera uma operação da PF. Pode ser mais simples por Exemplo 'Pau a pique','afogamento''afundamento'etc..., a PF encheria o embornal.