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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Poesia da operação SATIAGRAHA

INVERSÃO DE VALORES NA OPERAÇÃO SATIAGRAHA

Nunca vi na minha vida
Delegado ser punido
Porque prendeu gente pobre
Nada obstante bandido
Mas com rico aconteceu
Depois que se reverteu
Caso sério em alarido.

Na operação Satiagraha
Da Polícia Federal
Prenderam um peixe graúdo
Um mensageiro do mal
O mundo quase acabou
E o homem que investigou
É o único marginal.

Quem antes era acusado
Hoje acusa o delegado
Ganhou súmula vinculante
Pra não ser mais algemado
Estou pagando pra vê
O "TER" suplantando o "SER"
Nesse caso mal contado.

Pesa sobre o delegado
Crime de usurpação
Violação de sigilo
E de prevaricação
Só falta agora acusá-lo
Que tudo que aqui falo
É dele a inspiração.

Nessa inversão de conduta
Já vejo dois condenados
O juiz, Fausto De Sanctis
E Protógenes, o delegado
Vez que o astuto banqueiro
Vai gastar um bom dinheiro
Mas não vai ser enjaulado.

Tudo indica que Protógenes
É o primeiro culpado
Junto com o juiz De Sanctis
Deve ser sacrificado
Até porque Daniel
Só não vai entrar no céu
Mais vai ser canonizado.

A Justiça, embora cega
Enxergou argueiro em rico
Soprou no olho do mal
Tirou tudo quanto é cisco
É que o Ministro Gilmar
Quando quer se superar
Usa o plenário pra isso.

O Supremo decidiu
Que o Gilmar tem razão
O Ministro Marco Aurélio
Foi à única dissensão
Mas o espírito de corpo
Corou até quem tá morto
De tanta decepção.
 
 

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