- clique aqui para adicionar o blog Ministério Público Brasil aos seus favoritos -

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

OAB vai a procurador-geral e pede prisão de governador Arruda

Laryssa Borges -Direto de Brasília -  site do Terra

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, encaminhou nesta terça-feira ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedido para que o Ministério Público tome medidas judiciais a fim de garantir o afastamento imediato e até a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).

Suspeito de coordenar um esquema de mensalão para pagar propina a deputados distritais em troca de apoio político, Arruda chega a aparecer em um vídeo guardando maços de dinheiro em uma sacola. Outras imagens mostram parlamentares escondendo dinheiro até nas meias e um empresário recolhendo cédulas e as colocando na cueca.

De acordo com a OAB, a situação envolvendo o escândalo de corrupção no Distrito Federal tem se deteriorado cada dia mais, ao ponto de uma pessoa ter sido presa tentando subornar uma testemunha com R$ 200 mil supostamente a mando de Arruda.

Para Cavalcante, existem "tentativas de obstrução das investigações e cooptação de testemunhas por parte do governador, de modo que é fundamental que essa Procuradoria-Geral da República avalie a possibilidade de requestar o afastamento cautelar do governador para regular instrução processual (...) ou mesmo sua prisão preventiva".

A própria OAB já havia ingressado com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra Arruda e deputados pedindo a indisponibilidade de bens de todos os suspeitos de participar do esquema, desbaratado a partir da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.

"Sua permanência (de Arruda) no cargo, então, poderá ensejar dano efetivo à instrução processual. (...) Não há ambiente para permanência de agentes políticos que violaram inúmeros deveres e incorreram em diversas proibições inerentes ao exercício de qualquer função pública", afirma a OAB.

09.02.2010

Nenhum comentário: