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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

MP-RJ: novo programa pode solucionar 90% dos desaparecimentos

O Ministério Público do Rio de Janeiro, em parceria com a Polícia
Civil, apresentou nesta terça-feira um programa inédito de compilação de
dados de pessoas desaparecidas. O sistema, segundo o MP, cruza
informações vindas de diversos órgãos de perícia, hospitais e delegacias
para apurar casos de desaparecimento e identificar pessoas mortas para
que não sejam enterradas como indigentes.
Segundo o procurador Rogério Scantamburlo, do Centro Integrado de
Apuração Criminal (Ciac), a compilação de dados de desaparecidos
permitirá levar a parceria ao interior do Estado e desburocratizar o
processo de investigação. "Nossa meta é elucidar 90% de todos os casos
de desaparecimento. Temos um banco de dados para analisarmos de 20 anos.
Poderemos traçar até o perfil de um assassino em série", disse.
De acordo com o promotor Pedro Borges, optou-se por um programa bem
simples, com uma interface fácil de manipular e que não exija um
computador muito moderno. "As sindicâncias que tratam de desaparecimento
serão revistas uma por uma. Daremos um arquivo digno a todos os casos. É
dever do Estado investigar o desaparecimento das pessoas, temos que dar
essa resposta. Aqui, estamos assumindo esse compromisso. Não cabe aos
parentes a responsabilidade de investigar", afirmou.
Os promotores, acompanhados do procurador-geral de Justiça do Ministério
Público, Cláudio Lopes, se reuniram com o secretário de Segurança do
Rio, José Mariano Beltrame, para apresentar o bando de dados. "Essa
iniciativa é muito positiva, excelente, um trabalho fantástico. Uma
resposta para uma família que antes nem poderia ter o atestado de óbito
de seu parente desaparecido, pois não era identificado", disse Beltrame.
O Programa de Identificação de Vítimas (PIV) conta ainda com a parceria
do Instituto De Identificação Félix Pacheco (IFP), Instituto de
Criminalística Carlos Eboli (ICCE), Instituto Médico Legal (IML) e
Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF),
Departamento Geral de Polícia Técnica e Científica (DGPTC), Coordenação
das Delegacias de Acervo Cartorário (CDEAC), além de hospitais da capital

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