Começa reunião de Lula com Gilmar Mendes sobre escutas clandestinas. Diretor-geral da Abin está presente na reunião em Brasília
Zero Hora, Política 01/09/2008 09h34min
Para por fim à crise institucional provocada por grampos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu enquadrar a agência. Em reunião que começou na manhã desta segunda-feira, estão reunidos Lula, Mendes, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Britto, o vice-presidente do Supremo, Cezar Peluso, e o diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda.
Segundo reportagem da revista Veja, o serviço de espionagem da Presidência da República monitora telefones do Supremo Tribunal Federal, de congressistas e do próprio Planalto. O assunto será o tema do encontro de Lula com o presidente do STF. O tribunal foi informado do agendamento, neste domingo, pelo chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho — outro grampeado, segundo a reportagem assinada por Policarpo Júnior e Expedito Filho.
Pela tarde, às 16h, os ministros do STF irão se reunir para tratar do mesmo também. Será uma reunião de conselho, evento a portas fechadas que se convoca para tratar de temas que fogem da pauta das sessões jurisdicionais ou administrativas.
Lula determinou ao diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, que demita sumariamente os responsáveis pela escuta ilegal. A decisão deve ser comunicada nesta segunda-feira por Lula a Gilmar Mendes, ao vice-presidente do STF, Cezar Peluso, e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, na reunião que ocorre no Palácio do Planalto.
A reunião foi exigida por Mendes num telefonema ao presidente da República, no sábado à noite, por causa da revelação, pela revista Veja, de que a Abin gravou pelo menos uma conversa do presidente do STF, tendo do outro lado do telefone o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Por causa da crise, Mendes cancelou viagem oficial que faria à Coréia do Sul. E convocou também reunião extraordinária do STF para as 16h de segunda-feira. Nela, pretende que os 11 ministros do Supremo decidam o que fazer em relação aos grampos ilegais.
Para o presidente do STF, é preciso haver reação contra o que ele chama de Estado policial paralelo. Ele considera que hoje há um descontrole no aparato estatal.
O mesmo tema será discutido em seguida, em despacho com o ministro da Justiça, Tarso Genro. O ministro colocou a Polícia Federal à disposição para apuração dos fatos.
A situação será avaliada também pelo grupo de ministros que integra o grupo de Coordenação Política, que vai se reunir às 15 horas com o presidente. Integram o grupo o vice, José Alencar, e os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento), Tarso Genro (Justiça) e Luiz Dulci (Secretaria Geral).
Ainda pela manhã, Lula participará de reunião sobre estratégia nacional de defesa. É o novo Plano Nacional de Defesa, que será divulgado pelo governo no dia 7 de setembro. Participarão da reunião os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Roberto Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos). Lula receberá, ainda nesta segunda, o senador norte-americano Chuck Hagel e despachará, separadamente, com os ministros Jobim, Edison Lobão (Minas e Energia) e Paulo Bernardo.
AE E RÁDIO GAÚCHA
Segundo reportagem da revista Veja, o serviço de espionagem da Presidência da República monitora telefones do Supremo Tribunal Federal, de congressistas e do próprio Planalto. O assunto será o tema do encontro de Lula com o presidente do STF. O tribunal foi informado do agendamento, neste domingo, pelo chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho — outro grampeado, segundo a reportagem assinada por Policarpo Júnior e Expedito Filho.
Pela tarde, às 16h, os ministros do STF irão se reunir para tratar do mesmo também. Será uma reunião de conselho, evento a portas fechadas que se convoca para tratar de temas que fogem da pauta das sessões jurisdicionais ou administrativas.
Lula determinou ao diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, que demita sumariamente os responsáveis pela escuta ilegal. A decisão deve ser comunicada nesta segunda-feira por Lula a Gilmar Mendes, ao vice-presidente do STF, Cezar Peluso, e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, na reunião que ocorre no Palácio do Planalto.
A reunião foi exigida por Mendes num telefonema ao presidente da República, no sábado à noite, por causa da revelação, pela revista Veja, de que a Abin gravou pelo menos uma conversa do presidente do STF, tendo do outro lado do telefone o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Por causa da crise, Mendes cancelou viagem oficial que faria à Coréia do Sul. E convocou também reunião extraordinária do STF para as 16h de segunda-feira. Nela, pretende que os 11 ministros do Supremo decidam o que fazer em relação aos grampos ilegais.
Para o presidente do STF, é preciso haver reação contra o que ele chama de Estado policial paralelo. Ele considera que hoje há um descontrole no aparato estatal.
O mesmo tema será discutido em seguida, em despacho com o ministro da Justiça, Tarso Genro. O ministro colocou a Polícia Federal à disposição para apuração dos fatos.
A situação será avaliada também pelo grupo de ministros que integra o grupo de Coordenação Política, que vai se reunir às 15 horas com o presidente. Integram o grupo o vice, José Alencar, e os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento), Tarso Genro (Justiça) e Luiz Dulci (Secretaria Geral).
Ainda pela manhã, Lula participará de reunião sobre estratégia nacional de defesa. É o novo Plano Nacional de Defesa, que será divulgado pelo governo no dia 7 de setembro. Participarão da reunião os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Roberto Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos). Lula receberá, ainda nesta segunda, o senador norte-americano Chuck Hagel e despachará, separadamente, com os ministros Jobim, Edison Lobão (Minas e Energia) e Paulo Bernardo.
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